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Blator .

Prefácio

No grande salão do castelo de Blator, conhecido como Goldonor, um grande banquete já durava dois dias. Heróis de batalha se confraternizavam, acompanhados de seu líder e deus.

No centro da sala, uma enorme mesa oval côncava, negra do mais puro ônix bem lapidado, representando um grande escudo emborcado, estava depositada sobre ela sua caneca de cerveja e um grande prato de carne feito ao fogo.

O menestrel começou o seu recital:

“Em tempos passados, quando os deuses lutavam contra os demônios pela supremacia, uma grande batalha aconteceu nos campos eternos.

Os príncipes demoníacos reivindicavam o mundo. Neste dia, um príncipe demoníaco chamado Mocna veio lutar. Ele era o senhor dos haalins, criaturas que dominavam os mortais e os traziam à vontade de seu criador.

Outros haalins vieram à luta, bestas sanguinárias que lutavam ao lado de seu amo e criador.
Todos os deuses lutaram bravamente, mas somente Blator avançava em sua fúria justa. A cada movimento de seu machado centenas caiam. O céu e a terra se mancharam de sangue.

Os corpos se empilhavam chegando à altura de montanhas e, ao final do dia, um rio de sangue tingiu o firmamento.

Mocna estava devastado pela violência que ceifou todos os seus filhos.

Blator desceu a grande montanha de corpos e calmamente se dirigiu a Mocna, sem dizer uma palavra. O seu caminhar era o som de mil homens marchando e sua respiração era forte e brutal.

Mocna por sua vez estava desonrado a espera de seu inimigo e, quando se encontravam bem próximos, lançaram-se a lutar. “Golpes eram trocados entre ambos e uma nuvem de poeira se ergueu para somente um vitorioso surgir.”

Ao final do conto, todos os guerreiros gritaram e ergueram suas canecas para Blator.

Ele levemente sorriu, ergueu sua caneca e olhou fixamente para frente. Em seu olhar distante, relembrou o momento em que Diatrimis, sua antiga amada, surgiu em um portal salvando Mocna da morte certa.

Extraído do livro “A Batalha de Blator” - Biblioteca de Saravossa.

Concepção

Ele é o Senhor dos anões e seu criador, é aquele que, ao pisar em um campo de batalha, todos devem se inclinar e prestar reverência.
As guerras existem desde o tempo dos Titãs até os tempos atuais, e desde então guerras têm decidido o futuro da terra e dos povos, ditando o curso da história, o destino e o fim de todas as raças, aquela que vem para que o velho pereça e o novo floresça. A guerra comanda o destino dos seres e Blator comanda o destino da guerra.
A política que Blator doutrina para seus fiéis seguidores tem sido basicamente a mesma durante toda a existência do mundo: a paz deve ser conquistada pela guerra e mantida pela força. No Mundo, só os mais fortes sobrevivem e conseguem respeito. Os propósitos de Blator não são meramente expansionistas; do contrário que possa parecer, o deus da guerra é justo e piedoso nos momentos oportunos. Ao longo dos anos, os povos testemunharam apenas uma forma de se manter livres e em paz em seus territórios, através das sanguinolentas batalhas travadas pelo Mundo.

Portanto, existe sempre uma crescente demanda nas forças militares de cada reino, que cresce sobre os desígnios dos sacerdotes de Blator, o incentivo a fidelidade pelo combate e o gosto pela ofensiva.

Os conflitos gerados no Mundo trazem a Blator um maior poder de influência dentro do panteão, uma vez que os que agem sob seus preceitos estão dando-lhe o poder de determinar o rumo de diversos aspectos da vida no Mundo. Blator simplesmente ignora os pequenos conflitos que existam, mas está sempre envolvido nas grandes questões.

Dentre suas mais notáveis criações, proveniente do desejo de criar uma raça forte que suportasse os estigmas da guerra tanto fisicamente como psicologicamente, estão os anões. Estes formam um povo forte e bélico que tem em Blator, o grande Pai.

Área de atuação

Para aqueles que desconhecem este deus acreditam que sua área de atuação é somente a guerra, mas existem aqueles que buscam sua força para alcançar objetivos considerados inalcançáveis. Em esportes dos mais diversos, é visto como aquele que concede a vitória a seus preferidos.

Temperamento

Blator é conhecido pela faceta aguerrida, mas também é um deus justo e bom.

Enérgico com aqueles que o seguem sempre busca exaltar nestes a força para vencer os obstáculos, sejam estes quais forem. Para Blator, a paz é conseguida pela guerra e somente os mais fortes desfrutarão de tempos de paz.

Muito do seu tempo é passado de forma solitária, imerso em pensamentos profundos de conquista e defesa de seus domínios. Como um grande guerreiro encontra, no campo de batalha e nas festas da vitória, a sua felicidade.

Representação

Um anão de cabelos e barbas bem arrumados e trançados, vestindo uma armadura de cor avermelhada com símbolos em dourado. Peles de animais exóticos adornam a armadura, dando um aspecto bárbaro. Armado com um machado ou um grande martelo dourada é visto em combate com grande fúria e lutando com determinação e afinco.

Símbolo

Seu símbolo é composto por dois machados de guerra se cruzando.

Cores

A cor que o representa é o dourado.

Relação entre deuses

Sua relação com os demais deuses é tumultuada. Quem poderia dizer que, mesmo o senhor da guerra, poderia ter amor tão grande por seus dois filhos Crizagom e Crezir? Tem para com eles o mais forte amor e mais profunda admiração, Blator costuma achar que seus ideais são pequenos embora, ultimamente, vendo que o poder de seus filhos aumenta a cada novo fiel, ao contrário do que se poderia pensar, isso o deixa relativamente satisfeito.

Com Selimom, deus da paz, na maioria das vezes, comungam do mesmo ideal, sendo usado apenas métodos distintos.

Com Lena, sua neta, existe uma relação amorosa desconhecida pelos demais deuses. Encontros escondidos em seu salão são marcados pelo som da luxúria que se propaga pela sua fortaleza. Já com seu neto Plandis a coisa é completamente oposta, o vê como um inútil para a maioria das coisas, apesar de diversas vezes ter provado seu valor. Com Parom tem uma antipatia natural de concorrentes que disputam a mesma amante.

Aos demais deuses se mostra com certa paciência apesar de acreditar que muitos são fracos ou preguiçosos para os rigores da batalha.

Descendentes

Nascidos de sua própria carne, os deuses Crizagom e Crezir são seus filhos. Crizagom foi nascido de seu indicador direito e Crezir de seu indicador esquerdo. Tem como netos da união de Crezir com Selimom os deuses Plandis e Lena.

Festas e Celebrações

Festival da Benção Militar (dia 02 do mês do Conflito)

Celebração comumente observada em Verrogar, onde se reúne todo o exército, normalmente em um enorme anfiteatro, para a exaltação do deus e, consequentemente, o recebimento de sua benção. Isso ocorre anualmente e conta com a presença de todos os grandes nobres do reino, incluindo o soberano do reino. Após a leitura de trechos do livro de mandamentos de Blator, acontecem espetáculos como embates com os melhores cavaleiros do exército e exibição de presos de guerra e bestas circenses numa carreata ao redor do anfiteatro.

Jejum de Piedade (dia 05 do mês da Água)

Ritual de sacramento que acontece nos povos anões e em algumas nações bélicas, onde os soberanos da igreja convocam os fiéis para jejuarem após a perda de pequenas ou grandes batalhas, com a finalidade de se fazer entender o desejo do deus e assim prestar obediência. Os sacerdotes veem esse ritual como uma forma de acatar o desígnio de seu deus quanto à derrota abrindo caminho para futuras vitórias. Algumas instituições como tabernas e estalagens, quando é declarado o Jejum de Piedade, encerram seus serviços para assim cumprirem o ritual de maneira plena.

Condecoração Póstuma (dia 05 do mês da Paz)

Espécie de celebração religiosa de alguns reinos bélicos, que visa condecorar os mortos de guerra. Uma comissão reunindo alguns religiosos e grandes guerreiros partem para os campos de batalhas para exaltarem as almas que, assim acreditam, ali permanecem após a morte durante uma batalha. Essa celebração, respeitada por todas as nações, tem como objetivo libertar a alma que foi uma vez aprisionada na região da batalha, para que possa seguir, agora, os desígnios de Cruine, deus da vida e da morte.

Festival da Vitória (dia 27 do mês da Rosa)

Grande festival de celebração popular para comemoração de vitória obtida em uma batalha ou grande guerra. A imensidão do festival é proporcional ao êxito obtido; portanto, vitórias em grandes batalhas costumam ser festivais ricos e de maior duração, custeados pela nobreza do reino. Nas principais ruas da cidade capital, são montados palcos para apresentação de dezenas de artistas das cidades e atrações convidadas. São distribuídas centenas de litros de cerveja e barris de rum, e são preparadas incontáveis panelas de sopas servidas ao amanhecer de cada dia. O festival só termina de fato quando todo esse “arsenal” de comida, bebida e atrações terminam. No final, o que resta, são bêbados pela rua, muita sujeira e um deus regozijado de tanta honraria não só pela guerra em si, mas também pela alegria de seus fiéis.

Reinos onde a religião mais atua

É adorado intensamente em Blur, o reino dos anões. Em nações humanas, as mais devotas são os reinos de Verrogar e Dantsém.

Influência das ordens na política do reino

Mesmo nos reinos que não têm tendências bélicas, Blator é um deus respeitado e adorado. Muitos dos sacerdotes integram conselhos de alguns reinos e são consultados sobre assuntos bélicos.

Existem outros reinos que passam a contratar os sacerdotes de Blator para treinamento de generais e grandes oficiais.

Nível de popularidade

Talvez pela condição atual do mundo, envolto em tantas disputas e guerras, Blator vem a cada dia sendo mais adorado pelo povo em busca de segurança, paz e prosperidade.

Religião

Força e abnegação para alcançar e transpor todos os obstáculos da vida, sejam eles indivíduos ou a própria natureza.

A religião tem como foco a força interior que existe em cada um de nós, buscando ela para alcançar a tão desejada conquista, mas também é para a busca das superações internas e a vitória contra o medo interior.

Os sacerdotes são indivíduos que ajudam a recuperar o ânimo das pessoas e despertar o guerreiro adormecido dentro de cada um contra as injustiças da vida. A adoração pelos seus fiéis estende-se aos seus dois filhos, Crizagom e Crezir, de maneira semelhante.

Templo

Seus templos em muito se assemelham a uma fortaleza ou quartel. No formato de um retângulo tem quatro torres em cada uma das extremidades onde sacerdotes tocam sinos para cada uma das horas do dia, chamando os fiéis para as orações diurnas e noturnas.

Em seu interior três grandes salões são separados para três grandes atividades. A primeira é a das orações, onde bancos de madeira são dispostos aos fiéis para a oração.

O sacerdote que rege a cerimônia caminha entre os fiéis com uma vara que a usa contra aqueles que não entoam os cânticos em louvor a Blator.

No segundo salão, temos as aulas de estratégia. São dadas aos filhos de grandes comerciantes e membros de famílias reais ou ricas, pois os cursos são caros e cedidos a poucos indivíduos.

No terceiro salão, é usado para a prática de alguma arte no manejo de arma, onde o indivíduo busca a serenidade e a concentração para alcançar Blator. Assim como nos cursos de estratégia, este é administrado a somente os que podem pagar e poucos conhecem a arte por detrás do uso de algumas armas para conseguir a concentração em batalha. Existem aqueles que conseguem ter direito a este ensinamento quando são escolhidos por Blator.

Vestimenta

Suas vestimentas são divididas em saiotes longos feitos de algum tecido resistente, tendo o estampado da ordem nas cores douradas e com o símbolo de Blator. A parte de cima da roupa é composta de uma armadura avermelhada de couro coberta por uma fina túnica de linho com bordados em dourado.

Usam sempre botas longas até os joelhos e somente luvas durante os treinamentos. Costumam portar bastões de madeira que se assemelhem as armas que usam nos seus treinamentos diários.

Locais sagrados

Por mais mórbido e estranho que possa parecer, os locais considerados sagrados são antigas arenas ou palco de grandes batalhas, onde Blator se fez presente com sua bênção ou “presença”. Locais que servem de peregrinação para muitos sacerdotes que iniciam suas vidas na ordem.

Itens Sagrados

Contam que a ordem possui fragmentos do machado de Blator que foi despedaçado durante a batalha contra o príncipe demoníaco Mocna. Muitos afirmam que tal objeto foi transformado posteriormente em uma espada e guardada para “o momento” da revelação de um grande herói.

Doutrinas do culto

  • Força interna;
  • Dedicação a sua causa;
  • Busca interior;
  • Luta pela liberdade;

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