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Filanti .

Filanti

“...muitas batalhas mortais foram travadas, pessoas assassinadas, templos roubados, almas destruídas, jovens e virgens defloradas, esposas e viúvas respeitáveis desonradas; cidades, mansões e prédios incendiados, e assaltos, crueldades e emboscados cometidos nas estradas. A justiça falhou por causa destas coisas. A fé nos deuses feneceu e o comércio pereceu, e tantas maldades e coisas horrendas seguiram-se a essas guerras, que não podem ser mencionadas, contadas ou anotadas”.

Jonas II, rei de Filanti, 1360 D.C. - sobre a guerra da Seita.

O reino de Filanti surgiu graças a um homem chamado Filam de Chats, bravo guerreiro de Crizagom que dedicou sua vida em busca da independência de seu reino, outrora conhecido como  “Vice-reinado da Moldânia”.

Filanti é um reino privilegiado em termos de defesas naturais, em suas fronteiras, frente aos reinos vizinhos, a estrutura geográfica de seu território permite que seja desenvolvido com facilidade um sistema de defesa eficiente. Ao sul, Filanti é separada de seu vizinho mais belicoso, Verrogar, por uma vasta e quase intransponível cadeia de montanhas, conhecidas nos tempos atuais como os Montes Palomares; a sudeste é resguarda de Marana e Luna pela  “mal assombrada” Floresta de Gironde, onde valentes e desavisados, que ousaram transpor suas fronteiras, jamais foram vistos novamente fora de seus limites. A norte e nordeste é separada de Portis e Das Cidades por outra magnífica cadeia de montanhas, conhecida nos dias atuais como a Cordilheira de Keiss; a oeste, Filanti é separada do resto do continente pelo  “Filho de Ganis”, o maior lago de Tagmar, que também é conhecido pelo nome de Denégrio, suas águas são altamente navegáveis o que possibilita a Filanti, a construção de uma poderosa frota naval que possa defender o reino em seu lado ocidental, fato esse, que aparentemente ainda não foi explorado pelos governantes locais. Finalmente a noroeste, Filanti faz divisa com os pacíficos Calco e Conti, vizinhos antigos de uma época em que estes eram os reinos da Moldânia Superior, e apenas nesse ponto de seu território, Filanti não possui uma defesa natural contra o acesso de seus vizinhos a suas terras, o que nesse caso, é muito mais uma vantagem que um perigo, uma vez que Calco nos dias atuais é conhecia como o cérebro de Tagmar, e Conti, pelo comércio dos seus bons vinhos.

Por ser um reino de grandes planícies, Filanti sempre possuiu boas estradas de ligação entre as suas vilas e cidades, principalmente à capital do reino, porém, nos últimos tempos, essas se encontram abandonadas pela administração central, o que tem dificultado muito a viagem por todo o reino; até as rotas comerciais que ligam Filanti a Calco e Conti já sofrem o descaso das autoridades, o que vem dificultando e muito o comércio entre estes reinos, o mal estado das estradas atrasa a viajem das caravanas, proporciona a ação dos salteadores e conseqüentemente eleva astronomicamente o preço das mercadorias. As únicas estradas que ainda lembram o antigo bom estado de conservação das estradas Filantianas, são as mais próximas da capital, que são mantidas a custo de ouro pelos mercadores e comerciantes, com a constante intervenção da milícia e dos Cavaleiros Brancos, nobre e lendária Cavalaria Filantiana e que é a elite do exército da cidade Branca.

O clima em Filanti é subtropical, sendo extremamente propício para o plantio da maioria das culturas existentes por toda Tagmar, o ar é úmido e os campos são férteis. Na porção norte mais próximo ao Ducado de Azanti, faz bastante frio no inverno devido a Cordilheira de Keiss, mas no verão o calor exalado das rochas também é extremo. O vento oeste que vem do Denégrio, traz para porção central do reino, todas as benesses do bom clima de Pacri, Capela e Verda, fazendo com que a maioria dos dias, sejam frescos, e que o fim da tarde traga um frio propício para o retorno ao lar. Por algum estranho motivo, ainda não explicado, ultimamente os dias e as noites no reino de Filanti têm se tornado cada vez mais frios.

Filanti sempre foi conhecida em toda Tagmar, por seu límpido céu azul e por seus aparentemente intermináveis campos verdejantes, que coloriam o horizonte de vida, no choque do azul do céu com o verde das matas. Seus férteis campos sempre serviram de ótimo pasto e ambiente mais que propício para a criação dos magníficos cavalos de Filanti. Não obstante, há inúmeros rebanhos de bovinos e carneiros, quase que em toda extensão do reino. Esse tipo de criação adapta-se muito bem ao clima e vegetação do reino, e rende um bom lucro para os fazendeiros que sempre comercializaram com certa fartura a carne, leite e seus derivados, como queijos e espécies de manteigas. Infelizmente o antigo quadro de cores e vida exuberante, tem mudado drasticamente, e o que se pode ver a cada dia é um reino cada vez mais cinza e sem vida, para total desolação de sua população composta em sua maioria de camponeses.

Filanti possui uma história que se confunde com a história da própria Tagmar, em um período conhecido como 3º Ciclo.

Em 830 D.C. devido a divergências entre o então imperador da Moldânia, Carolino II, e os burocratas de Saravossa, um sacerdote de Blator chamado Hermom assume o trono. Ele decide instituir uma religião única no Império. Essa tentativa de banir todas as outras religiões impondo apenas uma, unem os moldas sulistas e os runas ainda fieis às igrejas de Palier e Selimom. Filam de Chats, bravo guerreiro de Crizagom, com o apoio de seguidores de Blator e de Palier, deu início a uma revolta e declarou o fim do vice-reinado da Moldânia Inferior. Filam é então coroado como o rei. Porém, o Império não aceitou o nascimento desta nova nação e convocou sua armada, declarando guerra ao Sul. A Moldânia Inferior comandada por seu novo rei, Filam, resistiu bravamente em uma guerra que perdurou por 50 anos, culminando com o esfacelamento do Império Molda. Com a vitória a Moldânia Inferior foi aceita como reino independente.

O rei Filam, cansado da guerra, promete reconstruir seu reino e recebe o apoio dos seguidores de Selimom. Ele declara Chats capital do novo reino e cria a poderosa  “Mesa de Prata”, uma ordem de cavaleiros que governaria os Feudos, vilas e cidades junto ao monarca. Esses guerreiros eram unidos por um rigoroso código de conduta e seu juramento consistia em defender a monarquia, a justiça e a paz no Mundo Conhecido.

Iniciava-se assim um longo período de grande prosperidade, tornando o reino da Moldânia Inferior uma potência emergente. Em 885 D.C., veio o tratado de paz com Verrogar e cinco anos mais tarde o reconhecimento de Luna como um reino independente.

Em 940 D.C., o rei Filam morre após um reinado de 58 anos tornando seu filho, Fétor I, o novo rei da Moldânia Inferior. Como um de seus primeiros decretos como novo rei este alterou o nome do reino para Filanti em homenagem ao herói da Independência e grande homem que fora seu pai.

Cinqüenta anos mais tarde seu neto, Celto I, ainda buscava uma identidade nacional para Filanti, casando-se com uma nobre da Cidade-Estado de Runa com o intuito de atrair a simpatia dos runas, que já viviam ali muito antes da dominação molda. Essa união desagradou profundamente seu primo, Aza, comandante da  “Mesa de Prata”, que em protesto retirou seu apoio ao rei. A Igreja de Blator que nunca concordou com seus ideais, usa de toda sua influência e  “pede” que Aza abdique de seu comando na  “Mesa de Prata”, entretanto, Aza era um líder justo e carismático o que fez com que muitos membros da cavalaria se mantivessem fiéis a ele e também abdicassem de seus postos e títulos para segui-lo.

Aza partiu para o norte com milhares de seus melhores guerreiros, onde fundaria um Estado baseado em seus ideais, deixando para trás uma Filanti atônita e desprotegida.

O reino após perder sua elite militar, começou imediatamente a recrutar novos soldados. Celto I não aceita a criação, por seu primo, da cidade de Zanta e inicia uma guerra com Aza, a quem acusava de traição. Depois de longos e sangrentos conflitos, Filanti acaba por ser derrotada e sendo obrigada a reconhecer o nascimento e independência do reino de Azanti. Com o reino destroçado, a igreja de Selimom passa a ter uma forte influencia sobre este, então Celto I cria juntamente com a nobreza, os  “Cavaleiros Brancos”, que possuíam como missão, defender a integridade física e moral do reino, trazendo um longo período de paz e prosperidade para Filanti.

Muitos anos depois, em 1220 D.C., a influência da Seita cresce assustadoramente e em 1224 D.C. é formado a Aliança dos Povos, mas o reino de Filanti recusa-se unir-se novamente com seu reino-mãe, a Moldânia Superior. Inicialmente os demônios não atacam Filanti, que passa por uma relativa situação de paz por mais 50 anos. Contudo, o poder dos 13 Príncipes do Inferno foi aumentando e suas influências tornaram-se cada vez maior, até que estes, enfim, se voltam contra Filanti, que em princípio ainda resiste, mas em 1290 D.C., sem alternativa termina por unir-se a União dos Povos.  Este é o fim do período de paz e prosperidade que já durara quase 200 anos.

O que se seguiu foram 100 anos de resistência, onde as tropas de Filanti com a ajuda da  “Aliança dos Povos” impediram às duras penas a completa dominação demoníaca no reino.

Contudo, em 1390 D.C., os 13 Senhores do Inferno aceitam uma trégua entre si e em prol da destruição da aliança do norte. A esperança começou a esvair quando o rei Alvor XI de Saravossa - um dos principais líderes da Aliança - morreu em uma batalha nos campos de Filanti, que foi um dos primeiros reinos da Aliança a cair.

Filanti passou então por seu pior período, com suas cidades controladas pelos Bankdis e orcos, suas fazendas queimadas e seu povo morto ou escravizado. Esse período negro durou até quase o fim da guerra contra os Bankdis. Com a derrota da Seita, em 1406 D.C., o rei Maeros III enviou tropas para Azanti com o pretexto de auxiliar na reconstrução do reino e manter a paz. Como Azanti havia sido arrasada, esta não ofereceu resistência, tornando-se um protetorado de Filanti e passando a condição de ducado.

Maeros III ainda reconstruiu o reino de Filanti e reestruturou os  “Cavaleiros Brancos”. Seu reinado durou mais algumas décadas.

Governo

Filanti desde seu surgimento até os dias atuais, sempre foi governada por um sistema monárquico, seguindo a hierarquia nobiliárquica. Todo o poder hoje recai sobre os ombros do rei Mar II e da família real, sua esposa, rainha Líliam e seu primogênito, príncipe Argus. Logo abaixo temos o conselheiro real, Ludur, que segundo boatos, devido a sua enorme influência sobre rei, é quem governa de fato.

Devido a sua política feudal, inúmeros outros nobres gozam de certa influência dentro do reino, cada qual dependendo de seu status, seu título de nobreza e claro, sua riqueza. Dentre todos os que mais se destacam são: Eldor, Marquês de Agrápia; Eldor, Conde de Fétor; Lorak, Sumo Sacerdote de Blator; Sir Cristiam, capitão da guarda real e Sir Malcom, líder dos Cavaleiros Brancos.

Os impostos são cobrados pelos Nobres de cada região através de seus agentes cobradores, que estão sempre escoltados por soldados. Os dias de cobrança são aleatórios e mantidos em segredo para que não haja tempo de ninguém esconder suas posses das quais serão deduzidos os impostos. As taxas variam conforme a região, pois cada Nobre estabelece a sua. A média fica entre um terço e um quinto.

História Recente

Filanti vive um período conturbado. Seu monarca rei Mar II torna-se cada vez mais recluso deixando todas as decisões - inclusive as mais importantes - nas mãos de seu conselheiro, Lorde Ludur, que segundo boatos, seria um demônio disfarçado. Coincidentemente ou não, o fato é que há indícios do reaparecimento da Seita no mundo, com seus maiores focos em Filanti.

Outrora um reino pacífico, Filanti vive hoje um grande processo de militarização, recrutando soldados em quantidade suficiente para uma guerra (com a contratação inclusive de mercenários). O reino, que já é um dos maiores de Tagmar, demonstra um novo desejo de expansão que preocupa seus vizinhos e atrai a inimizade de muitos outros, inclusive de seu protetorado.

As intempéries que assolam Filanti afetam também as três principais religiões do reino. O culto a Selimom está em pleno declínio, contrastando com a ascensão de Blator, deus da guerra, cujo seus sacerdotes vêm arrebanhando centenas de seguidores. Sevides, deus da agricultura, ainda é bastante cultuado, entretanto, os representantes de sua igreja, não costumam interferir nas querelas palacianas.

O povo de Filanti

A população de Filanti é composta em sua grande maioria de humanos, sendo que estes possuem um traço racial muito forte, que os diferenciam como sendo filantianos: tanto os homens quanto as mulheres, são mais altos que a média tagmariana, são em maioria de pele branca e bem corpulentos, cabelos loiros ou ruivos e olhos claros, predominantemente azuis ou verdes, sendo que aos homens, é costume cultivar a barba e os cabelos longos, normalmente estilizados em várias tranças, as mulheres, também costumam cultivar longa a cabeleira. Alguns anões podem ser encontrados, mas esses são poucos, principalmente nos dias atuais, pequeninos podem ser encontrados nas vilas mais novas, os elfos são extremamente raros nas terras de Filanti

A magia é tratada com grande temor no reino de Filanti. Os feitos nada benéficos de alguns  “magos negros”, acabaram por rotular toda a classe como demonistas, e por isso, hoje os magos são encarados com grande desconfiança nas terras de Filanti.

Nos bons tempos do reino, poderia se perguntar a qualquer um como era a vida em Filanti e a resposta quase sempre seria de que a vida era dura, porém, boa de viver. As pessoas viviam felizes e dignamente, não que a vida fosse fácil, porém, era mais justa. Nos dias atuais, as coisas andam bem diferentes. O comércio vem caindo, o preço das mercadorias vem se tornando muito alto, tem crescido assustadoramente a criminalidade, e mudanças climáticas tem dificultado cada vez mais a vida dos fazendeiros.

Até as relações com os outros reinos, que outrora eram amistosas, começaram a declinar frente à clara demonstração das lideranças quanto ao futuro do reino, que se encontra em franco armamento e expansão do exército, indícios claros de quem se prepara para começar uma guerra. As perguntas são: quando e contra quem?

Rumores e Intrigas

Em Chats há alguns boatos passados à frente com extrema prudência, que o clero de Blator da Cidade Branca encontra-se corrompido, e que o Sumo Sacerdote do Deus em Chats não passa de mais um dos fantoches de Ludur.

Em Pacri, dizem que Lorde Euridi, passa os dias em sua torre a estudar um antigo livro sobre necromancia - que ele teria encontrado nos porões do castelo - preparando sua vingança contra Lorreti e sua filha.

Há rumores de que o dono da taverna “O Orco Morto”, em Capela, seria na verdade um orco exilado de sua tribo que, com a ajuda de um ilusionista há muito desaparecido da cidade, teria conseguido mudar sua aparência e se estabelecer na região como taverneiro - o próprio nome do estabelecimento seria uma espécie de brincadeira do ilusionista com a verdade. Obviamente, quase ninguém acredita nisso. O certo é que Maltus Tal, faça chuva ou faça sol, usa sempre um anel com estranhos desenhos e entalhes que, dizem, ele não tira do dedo por nada.

Há suspeitas de que os dois sacerdotes de Palier em Capela, são na verdade membros da Seita em missão na cidade. Lupina Ciprene tem enviado contatos dizendo ter descoberto a trama e verdadeira identidade dos dois. Ela planejaria inclusive derrotá-los e assim concretizar sua vingança, já que os falsos sacerdotes são os grandes responsáveis pelo seu, digamos, exílio. Vestiano e Marcio, através de manobras que incluíram a destruição do estoque de ingredientes mágicos de Lupina, e a troca de poções curativas por venenos mortais, fizeram com que a sacerdotisa fosse perseguida até quase a morte. Lupina, realmente, só escapou devido aos seus grandes poderes, e só continua na região (correndo o risco de atentados por parte dos fiéis de Palier) devido ao seu sonho de vingança.

Algumas pessoas dizem que o arcebispo de Mutina é realmente um pervertido, e que sua influência se estende por toda a região, incluindo Praci, Povariana e Pechara. Segundo boatos, ele abandonou os deuses de Tagmar e louva agora Rikutatis, um dos treze Príncipes Demônios. Devido a supostas buscas por um compartimento secreto do templo (onde estaria a magia que mantém os demônios e morto-vivos afastados deste solo sagrado) tem destruído alas inteiras da catedral. Há evidencias que ele esteja envolvido também com os falsos sacerdotes de Palier em Capela.

Dizem que o Conselho de Rapso, na verdade, possui um acordo com os elfos e gnomos de Gironde. Tais criaturas permitem um abate de árvores já quase mortas, com a condição de que os humanos não entrem mais na floresta. Tais árvores seriam magicamente transferidas de onde quer que estejam na floresta para a periferia, próximo a Rapso, onde pela manhã os lenhadores vão trabalhar.

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