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Lena .

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Prefácio

"Venham a mim, meus Filhos; liberem a vontade de seus corpos e viajem com a noite pelo doce mundo do prazer que lhes proporciono."
Essas palavras ecoavam dentro da mente dos Filhos de Lena quase todas as noites, apesar de só seus subconscientes ouvirem e entenderem a mensagem. A deusa observava a intimidade dos casais com um brilho nos olhos cor de violeta, e se encantava a cada nova situação de prazer que encontrava. A satisfação de Lena era visível, e a deusa empenhava um bom tempo nessa exploração.
- Não entendo o porquê de você empenhar seus esforços em dar-lhes esse tipo de prazer, Lena... - disse Crezir enquanto se aproximava - É perda de tempo, não leva a nada.
- Novamente, mãe? Deixe-me, pois agora estou realmente ocupada.
- Perdendo o seu tempo! Sabemos que o que todos eles querem é a matança, o sangue de seus semelhantes jorrando pelo chão e manchando Tagmar. Esse sim é o verdadeiro prazer o qual todos almejam. Isso o que você faz é só para me afrontar!
Apesar da provocação de sua mãe, Lena não desviou o olhar de seus seguidores.
- Saiba que até mesmo seus seguidores não vivem sem o meu abraço aconchegante. Faço porque tenho que fazer e me faz feliz.
Apesar destas palavras certeiras, a sombra da dúvida às vezes aparece. Havia peso nas palavras de Crezir. Afinal, era a sua mãe quem falava, e mantinha o respeito por ela.
- Isso pode ser verdade, Lena, mas o seu prazer jamais deixará de ser secundário na vida de qualquer um em Tagmar e, consequentemente, você será secundária. Se é o que você quer, contente-se com isso!
A mãe de Lena nunca se conformou com a sua rebeldia e forma de atuar no mundo. E, até que sua filha faça da maneira que Crezir achar melhor, a deusa da fúria não descansará.
Dando continuidade ao debate, Lena respondeu mantendo a calma, mesmo com a dúvida e sem tirar os olhos do seu oráculo:
- Mãe, não entendo porque pensa assim. As atividades que ocupam a maior parte do tempo de um habitante de Tagmar são o trabalho e as festas. E nem o mais sanguinário dos guerreiros consegue permanecer em batalha sem parar. Ou viver sem festejar. E quando este dormir, em vários de seus sonhos, eu vou estar lá com o desejo íntimo dele. Imagino que isso dificilmente se passará com algum de meus seguidores com relação a você.
Crezir ensaiou uma resposta, mas Selimom, que acabava de chegar, disse:
- Esposa, estava te procurando. Venha receber as honras e ser celebrada por mim.
Com um suspiro, Crezir se retirou e foi reclamar ao marido da filha impossível que tiveram.
Para Lena, um dos grandes mistérios que o universo guardava, era a maneira como surgiu a relação entre seus pais. Desviou o olhar só para vê-los sair. E neste momento ela sorriu; pois, ao vê-los juntos, entendeu o porquê de pensar como pensa e a dúvida implantada em sua alma se foi. Assim, Lena pôde mais uma vez observar, com um sorriso de satisfação, seus Filhos celebrando mais uma noite em seu nome.
Extraído de O Livro dos Céus, Pero Maltus - Biblioteca de Saravossa.

Concepção

Deusa do perfeccionismo, do prazer erótico e prazer no trabalho, Lena consegue se infiltrar em todas as nações e povos, independente do deus predominante da região, isso quando não é ela mesma a principal deusa.
Seu objetivo é claro para todos os habitantes de Tagmar, trazer a felicidade através da busca da perfeição e, portanto, do belo. A beleza máxima é a perfeição, e a perfeição máxima é bela. Segundo a deusa, a perfeição - que também é o belo – só pode ser obtida em uma atividade que gere prazer mútuo. Por isso, um trabalho bem feito e admirável e uma relação sexual feita com carinho e paixão são atividades incentivadas pela deusa enquanto que a guerra é abominada por trazer prazer para uns, mas dor e sofrimento para outros.
Por outro lado, entende que a busca pelo belo obrigatoriamente passa por confrontar, inclusive em batalha, o que é corrupto. Desta maneira, é inimiga mortal dos demônios.
Ela não faz distinção entre classes, riqueza, sexo ou raça. Todos têm o direito de dar e receber prazer.
No entanto, e esta é uma opção de seus seguidores, dá-se preferência para convocar as beldades, artistas talentosos na sociedade ou comunidade como seus sacerdotes.
Em sua maior parte, o temperamento de Lena é paciente. Sabe que a perfeição é uma meta difícil e que seus seguidores usam de caminhos diferentes para alcançá-la. Às vezes, como uma ação de amor e paz; outras, com energia e perversão. As variações nas ações de seus seguidores refletem o gênio da própria deusa, que herdou um temperamento forte devido a influências de seu pais, Selimom e Crezir.
Para Lena, o conceito de justo e injusto não existe. A deusa avalia se seu povo está feliz ou infeliz, e assim Lena não se apega a valores morais, que para ela são efêmeros e mudam conforme o tempo e o local. Seu objetivo é a felicidade de todos os seres, e por isso mesmo, seus seguidores acreditam que ela seja a deusa mais justa entre todos os deuses. E também por isso, ela está entre os deuses mais presentes entre seus seguidores, acompanhando-os com carinho, defendendo-os e ajudando-os a fim de mantê-los na trilha da busca da perfeição.
Existem aqueles, porém, que veem um perigo na doutrina de Lena e tentam compará-la aos demônios, onde ela existiria para tentar e corromper os puros de alma e coração e destruir a ordem natural das coisas. Dentre essas pessoas, encontram-se aqueles que entendem o trabalho torturador como obrigação dos menos favorecidos para suprir a ganância de poucos, como maldição a ser carregada, tal como os defensores do trabalho escravo. Também estão aqueles que usam do sexo como controle e violência. Ou ainda aqueles que encaram o prazer erótico como algo antinatural aos seres inteligentes, sendo encarado como dádiva idealizada ou, o outro extremo, somente como forma de reprodução.

Temperamento

Lena é uma deusa paciente com atitude e iniciativa. Possui um temperamento forte, herdado de sua Mãe, que se transforma do pacífico ao furioso quando se indigna com uma situação. Sempre defende seu ponto de vista quando discorda de algum assunto com os outros deuses, às vezes arduamente, mas mantendo uma atitude simpática com todos. Em relação aos seus adoradores, sempre se mantém alerta e os trata com um amor zeloso.

Áreas de atuação

Lena possui influência em todo o mundo; em alguns locais tem grande influência, outros com uma modesta presença. A despeito das diferenças que podem levar os povos a seguir um ou outro deus, o prazer no trabalho e o prazer erótico podem ser praticados e cultivados independentemente do lado ou posição que os povos se encontram. Onde houver povos, haverá a presença de Lena. Além do mais, os mestiços de raça ou etnia são sempre bem recebidos pelos seguidores de Lena. Dentre as profissões, os bardos são os que mais se identificam com a deusa.

Representação

Como será a deusa? Ela terá um rosto élfico? Humano? Anão? Qual será o seu tamanho? Definir isso para esculpir Lena parece um sacrilégio.
Os que tiveram a imensa graça de ver Lena descrevem-na de diferentes características físicas – mesmo quando vários a viam ao mesmo tempo – porém sempre com beleza além dos padrões mortais.
Por isso mesmo, é incomum entre os adoradores de Lena uma representação direta (estátua ou pintura) da deusa. Pois se sentem envergonhados de tentar representar a perfeição com algo imperfeito. E por essa razão, os seguidores de Lena se põem muito críticos quando uma obra de arte tenta representá-la diretamente.
No entanto, fazem representações de gestos ou objetos que possam simbolizar a deusa. Por exemplo, é comum encontrar estatuas ou pinturas que exprimam um abraço ou um beijo e uma rosa disposta em algum lugar da arte o que significa “Lena está presente”.
Os relatos dizem que em suas aparições, ela vem vestindo um delicado manto vermelho semitransparente, deixando seu corpo de contornos perfeitos praticamente à mostra. Seus olhos sempre de cor violeta hipnotizam seus filhos com tamanha beleza. Sua presença exalava um perfume extremamente agradável e sedutor.
Mesmo que esculpir uma representação de Lena não seja incentivado entre os adoradores da deusa, isso é um tema recorrente entre os artistas que não são seguidores. Esculpem estátuas com uma extrema riqueza de detalhes esbanjando muita beleza e sensualidade. Além disso, as estátuas podem apresentar a sua mão direita erguida e segurando uma rosa. Em várias representações, os artistas tentam esculpir estátuas que expressam o olhar ao mesmo tempo afetuoso e sedutor da deusa.

Símbolo

O símbolo de Lena normalmente é representado por uma rosa dentro de um circulo. A rosa, por ser uma flor que possui espinhos, representa ao mesmo a beleza e a defesa de tudo o que é perfeito, belo e bom. O círculo representa a perfeição.

Cores

O rosa simboliza o feminino e o prazer festivo.
Relação entre deuses
Seu relacionamento com quase todos os outros deuses é simpático e amigável. A exceção é com a sua mãe, e com o deus da diplomacia, comércio e inter-relações, Cambu.
Lena conta muitas vezes com a sabedoria e luz de seu pai, Selimom, deus da paz e do amor. Por ele nutre um grande respeito, apesar de acreditar que seu pai deveria ser mais energético.
Seu grande companheiro no panteão é seu irmão Plandis, inclusive atuando juntos em muitas intervenções no mundo mortal. Plandis muitas vezes se encontra em estado de ciúme quando Lena concede atenção especial a Parom, que sabidamente a ama. Lena respeita Parom, ela o vê como alguém que compartilha alguns de seus ideais e, portanto, como um grande amigo, quase como um irmão.
Em alguns momentos, apesar de raro, é possível ver Lena fazendo as pazes com sua mãe Crezir. Lena gostaria que sua mãe a aprovasse, mas Crezir, apesar de nutrir um grande amor pela filha, discorda do caminho adotado por esta, e por isso mesmo crítica suas atitudes muitas vezes com tom de menosprezo, gerando infindáveis discussões entre as duas.
Por Crizagom, seu tio possui uma admiração e, às vezes, sente esta admiração quase como uma paixão escondida. Vê sabedoria nos conselhos de Sevides e tem especial estima por seus filhos, Liris e Quiris com os quais ela e Plandis passam o tempo em atividades conjuntas.
Já com Cambu, apesar deste ser apaixonado pela deusa, é Lena que não aprova a orientação que muitos seguidores do deus do comércio e da diplomacia tomam, não só por estes caminhos serem antagônicos, mas por muitas vezes corromperem a própria doutrina de Lena. Por exemplo, a forma como grandes comerciantes tratam seus empregados forçando-os de tal forma que já não sentem prazer no trabalho, inclusive escravizando-os. Mas o que a deixa enojada, é orientação de alguns dos seguidores do deus do comércio que fazem do prazer uma moeda de troca, seja no comércio ou na diplomacia. No primeiro, restringe-se o acesso ao prazer para poucos, e muitas vezes quem oferece o prazer, não o sente. No segundo, para a deusa (e obviamente para seus seguidores) é uma atitude baixa usar o prazer erótico, ou prazer no trabalho para conseguir favores e não pela alegria do sensual ou alegria do trabalho. Entenda-se que a deusa não é contra o fato de se trabalhar com os prazeres – óbvio que para viver e ter prazer é necessário antes sobreviver – mas o objetivo é o prazer mútuo e não o dinheiro ou negócio.
Mas, mesmo com estas duas grandes divergências, Lena faz questão de ser uma companhia agradável aos seus, o que lhe dá abertura para interceder em favor de seus seguidores junto aos outros deuses.

Descendentes

Não há descendentes conhecidos.

Festas e Celebrações

Dentre os povos seguidores de Lena, podemos encontrar a seguintes celebrações:
Noite dos Prazeres (1º dia do mês da Paixão)
Esta festa marca o início do inverno. Nessa celebração, os seguidores de Lena se reúnem numa quermesse realizada em torno de uma grande lona armada geralmente numa área descampada. No centro da grande lona, é exposta uma estátua de um guerreiro se ajoelhando diante de uma rosa .
A festa começa no raiar do sol e termina ao nascer do sol do dia seguinte. As pessoas costumam se vestir da maneira que lhe convier.
Desse modo, até o completo anoitecer acontece a chamada “troca de prazeres”. Isso nada tem a ver com trocas de favores sexuais, mas de uma troca de conhecimento e de presentes que as pessoas fazem entre si, ensinando e compartilhando as atividades e técnicas que mais lhe agradam. Neste momento do festival, é possível ver pessoas extremamente reconhecidas, dentro de uma dada atividade, reunindo multidões a sua volta para ensinar e aprender coisas novas. Um sacerdote pode ensinar um remédio para um guerreiro enquanto este ensina uma maneira de afiar a espada. Um dançarino ensina um passo de dança, enquanto um ladino ensina um truque de jogo.
Nessa quermesse, é comum a existência de barracas de venda de flores, roupas sensuais e íntimas, e artefatos de cunho erótico como esculturas. Além do mais, as barracas de comidas e bebidas existentes nos festivais de Lena são reconhecidas por todo o continente de Tagmar como tendo uma infinidade de tipos de alimentos e bebidas sendo extremamente bem produzidas e gostosas. Também é comum a existência de barracas do beijo ou de outras coisas mais.
Ao início do entardecer, é feita uma competição entre as melhores refeições produzidas, divididas entre doces e salgadas, onde os sacerdotes de Lena são chamados como juízes. Esta competição costuma terminar ao completo anoitecer. Na sequência do concurso, os festejos se tornam mais ritualísticos e as pessoas recebem máscaras para que a identidade social não afete a máxima de que todos são iguais perante Lena. Assim, ao redor da estátua da rosa, são realizadas cerimônias e espetáculos de dança erótica, malabarismo, canto e peças. E entre as apresentações, danças, a degustação de diversas guloseimas e vinho, as pessoas flertam e muitas vezes acabam entrando em uma das tendas vermelhas armadas ao redor da grande lona para desfrutar do maior dos prazeres. Em nenhuma hipótese uma pessoa pode ser obrigada, pressionada, ou intimidada a fazer algo que não queira. Os Filhos de Lena são bastante claros: “Se tratamos com naturalidade o sensual, considera-se que o sim é sim, e o não é não!”.
Em centros urbanos que não tenham praças, ou em áreas longe de descampados, a celebração é realizada na residência do fiel que possa abrigar o maior número de pessoas e cada visitante leva um prato, bebida, flores e apetrechos eróticos à vontade. O anfitrião organiza uma apresentação especial e brincadeiras para animar os convidados que vez por outra prosseguem com as “brincadeiras” em um dos quartos da casa.

Festa da Carne (11º dia do mês da Água)

A festa da carne se dá no meio do mês para celebrar os prazeres advindos da conjunção da carne. É uma festa para celebrar a família. Tal festividade principalmente conhecida por Abrasil. O símbolo da festa é representado por dois grandes bois de ouro se encarando em pose de combate com uma flor dourada entre eles. Os bois são símbolos de força e fertilidade, aptidões promulgadas pela deusa. Ao contrário do que é dito esta festa é celebrada em ambientes familiares, onde todas as gerações de uma família se encontram e fazem um churrasco do boi mais viril e bonito que conseguirem comprar. Devido ao fato de serem apreciadores de um bom banquete e de seu caráter familiar, esta festa ganha um aspecto imponente entre os pequeninos.
É dito que o aroma da carne assada é elevada aos céus alimentando também a deusa.

Festa dos Amantes (12º dia do mês da Rosa)

Esta é uma festa de encerramento do mês da rosa. Nessa celebração, só participam os seguidores adultos de Lena, reunindo-se diante de uma estátua representando dois amantes, ambos segurando a mesma rosa. São levantadas inúmeras tendas brancas e rosadas ao redor da estátua. Junto à estátua, encontra-se vários tonéis de água e lá também se reúnem todos os sacerdotes e sacerdotisas de Lena da cidade. O início do culto se dá com o discurso do sacerdote de maior graduação a respeito das vontades da deusa e os caminhos corretos para segui-la. Após isso, vem o rito de purificação, onde todos bebem da água nos tonéis em frente a estátua. Durante este processo, os sacerdotes e sacerdotisas repetem uma canção longa sobre a deusa e seu amor para seus seguidores, abençoando os presentes, enquanto estes, após beberem a água, vão se encaminhando em forma de casal para as tendas brancas.
Quando todos os casais tiverem ido para as tendas, os seguidores que ficaram sozinhos irão primeiro para as tendas rosadas onde encontrarão uma máscara para usar. Depois as seguidoras que ficaram só, agora também com máscaras, irão para as tendas rosadas e se, ainda assim, sobrar algum seguidor(a) sozinho(a), este será tomado pelas sacerdotisas e sacerdotes e irão junto com estes para uma das tendas até que não sobre nenhum seguidor sozinho. É comum saírem futuros casais das tendas rosadas.
A celebração se estende dessa forma durante toda a noite, e só acaba com o nascer do sol.
Nas cidades onde não há uma grande organização dos seguidores de Lena, os seguidores masculinos adornam as portas de suas casas com véus nas cores rosa para os solteiros e branco para os que possuem uma companheira. Enquanto cada casal realiza a festa individualmente, as seguidoras solteiras, usando uma máscara, visitam uma das casas com véu rosa.

Reinos onde a religião mais atua

Ludgrim, Calco (em Abrasil) e Porto Livre.

Influência das ordens na política dos reinos

Para os reinos que se empenham em gerar prazer e amizade para os seus e também para com os outros reinos, os sacerdotes de Lena são aliados poderosíssimos. Para os reinos belicosos e que buscam escravizar outros reinos, os Filhos da deusa são uma pedra no sapato. Em Verrogar, existe uma disputa entre os sacerdotes de Crezir e de Lena no seio do povo, enquanto que é raro ver um destes sacerdotes perambulando junto à nobreza verrogari.

Nível de popularidade

Lena é razoavelmente popular entre os povos, mas sua popularidade está em ascensão, pois mesmo grande parte dos seguidores de outros deuses em algum momento da vida sentem-se confortados pela filosofia da deusa.

Religião

O objetivo da deusa Lena é de trazer a felicidade através da busca da perfeição e do belo. E a deusa ensina que este objetivo só pode ser atingido em uma atividade que gere prazer mútuo. Para isso, existem vários caminhos a percorrer. Existem vertentes que priorizam o prazer no trabalho enquanto outros priorizam o prazer erótico. Outros ainda buscam o equilíbrio dos dois tipos de prazeres. Os rituais variam conforme a ótica do sacerdote e seus seguidores.
Enquanto alguns sacerdotes percorrem o mundo como missionários a fim de angariar mais seguidores para a deusa, outros têm a missão de proteger as pessoas para lhes garantir o direito sagrado de desfrutar dos prazeres da vida. Os fiéis costumam participar fervorosamente das reuniões semanais, sempre tentando aprimorar-se em suas manifestações artísticas de louvor. Essas manifestações variam entre canto, dança, música instrumental, poesia, esculturas e pinturas.
Não são todos, e nem a maioria, mas existem entre os bardos seguidores de Lena aqueles que, na busca pela perfeição e o belo, às vezes pecam pelo excesso de virtuosismo com que tratam seu ofício. Além disso, comportam-se de maneira a exigir o mesmo cuidado dos colegas de profissão. Desta maneira, apesar de serem carismáticos com todas as outras pessoas, muitas vezes são vistos como irritantes e arrogantes por outros bardos. Por sua vez, os virtuosos acabam acreditando que são vítimas de inveja e desdém.

Templo

O principal templo de Lena, chamado de Jardim das Rosas, fica em Porto Livre, e foi fundado por Alina, uma das seguidoras da deusa que pessoalmente a escolheu para dar continuidade à sua obra quando Ela partiu do mundo físico.
O templo foi erguido segundo o desenho do mestre de obras erudito, Alkaism, profundo conhecedor de geometria. O templo considerado uma das maravilhas do mundo conhecido pela sua grandiosidade, beleza arquitetônica, decoração e por seus suntuosos jardins.
Os demais templos de Lena espalhados pelo mundo tendem a ser semelhantes ao Jardim das Rosas, mas em uma escala bem menor.

Vestimenta

A vestimenta varia conforme a classe, cultura e estilo de vida do seguidor. Mas sempre buscando o belo e o perfeito.

Locais sagrados

O local mais sagrado é o Jardim das Rosas, sede do principal templo da ordem de Lena, que fica em Porto Livre. Porém, existem outros locais sagrados, como por exemplo a Trilha das Pétalas que rasga a Cordilheira da Navalha levando ao sagrado Labirinto de Roseiras. Nesse labirinto, acredita-se que existe a única escultura que representa de fato a imagem da deusa. Esta imagem é feita de roseiras nascidas a partir de uma lágrima que a própria deusa derramou compadecida com uma serva. Dizem ainda que aquele que encontrar a estátua pode pedir o prazer que desejar. Outro local sagrado são os Montes dos Seios Divinos, que são dois montes idênticos em formato de seios que ficam próximos a Fontenova, acredita-se que a sensualidade daqueles montes surgiu quando a deusa colocou seus pés pela primeira vez no solo de Tagmar.

Itens Sagrados

A Tiara Rósea: é uma tiara cravejada de diamantes vermelhos que foi utilizada por Lena e deixada como legado a sua ordem. Ela concede ao seu usuário o poder de mudar livremente suas características tais como: o formato do rosto, cor de pele e olhos, beleza física, etc.
O Cálice de Lena: é um cálice dourado, com entalhes de rosas e cravejado com rubis que Lena usou durante sua forma mortal, e lhe foi dado por Parom. Concede a quem nele beber a habilidade de trabalhar ou fazer qualquer esforço físico durante seis horas sem ficar cansado.

Doutrinas do culto

  • Amar;
  • Trazer a felicidade. Para isso, buscar a perfeição e o belo. E para isso, buscar uma atividade que gere prazer mútuo;
  • Entender e evitar os opostos: o oposto de prazer erótico, insensibilidade. O oposto de prazer no trabalho, escravidão. O oposto de perfeito, corrupção.
  • Louvar o belo, pois acima de todas as belezas, está a de Lena;
  • Ser perfeccionista em todos os aspectos;
  • Buscar um trabalho guiado pelo prazer e não pelo poder;
  • Procurar as melhores companhias dentro dos valores de Lena;
  • Ter compaixão dos mal-afortunados que não conhecem a verdadeira alegria por trás destas dádivas.


    Verbetes que fazem referência

    Livro dos Deuses

    Verbetes relacionados

    Blator | Cambu | Crezir | Crizagom | Cruine | Ganis | Lena | Liris | Maira | Palier | Parom | Plandis | Quiris | Selimom | Sevides | Prólogo | Epílogo
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