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Selimom .

Prefácio

“... Lena corria nos corredores do palácio de mármore a procura de seu pai. Usava uma diáfana e esvoaçante manta branca, quase transparente deixando à mostra os belos contornos de seu corpo delgado, que segundo as más línguas, fora copiado por Maira ao criar as belas ninfas de Tagmar.
No saguão central do palácio de arquitetura majestosa, não possuindo paredes nem portas, sustentadas pela energia máxima que existe nessa atmosfera, Selimom parecia triste ao observar o oráculo, que em sua morada se representava por uma espécie de tanque revestido de mármore branco, repleto de água cristalina onde o deus observava seus Filhos.
- Pai, eles vão atacar Terisco! Blator não vai fazer nada! Você tem que fazer alguma coisa! – gritava Lena.
Selimom, de aparência serena e ao mesmo tempo forte, senhor de um caráter digno de um deus, vestindo um pesado manto branco com inscrições de uma língua desconhecida pelos mortais, ponderou:
- Não há mais nada a fazer minha filha. Blator está decidido a deixar os seus agirem dessa forma irracional. Vamos deixar os filhos seguirem seu rumo.
Terisco era conhecido como uma pequena vila pacífica de adoradores de Selimom e responsável pela mais nobre das celebrações ao deus em Tagmar: A Jornada de Paz. Os anões de Blur pretendiam devastar a vila pelo simples fato de ali ter se alojado um pequeno centro de estudos élficos e que parecia crescer incessantemente ao longo da fronteira anã. Para os anões, os elfos não deveriam estar em suas terras uma vez que isso representava uma ameaça ao seu reino.
- Pai, você tem que pedir ajuda a Palier, é imperativo que ele te ajude! – exaltava Lena. Seu interesse era pelo fato de a aldeia ter erguido um templo para a exaltação da deusa.
- Eu vou minha filha, eu vou... agora deixe-me só. – sussurrou Selimom.
Lena saiu da sala aflita com o futuro da pequena vila e frustrada por não poder fazer nada a respeito. Encontrou Plandis no pátio manuseando o barro mágico, olhando-o fixamente como se soubesse exatamente o que pretendia fazer:
- Não fique aflita, irmã... tudo ficará bem. – disse Plandis de forma contundente sem parar de manusear o barro.
- Não vejo saída, meu irmão, você não sabe o que diz... – lamentou Lena. ”
Extratos do Livro de Maudi, capítulo “A justiça” - Biblioteca de Saravossa

Concepção

Em um mundo onde a guerra é soberana e os deuses da guerra são largamente venerados, existem também aqueles que são partidários da paz, e para esses que sonham com uma vida tranquila, longe das armas e dos combates, Selimom é o soberano. Selimom é conhecido como o deus do amor, da paz e da firmeza de espírito. É um deus voltado para a espiritualização de todas as criaturas, pregando um mundo melhor onde todos são iguais e convivem em plena harmonia. Apesar de parecer utópico o que propõe Selimom, essa idealização de um mundo melhor é o sonho de boa parte das pessoas que povoam o mundo conhecido, principalmente aqueles de classes mais baixas que levam vidas simples no campo vivendo da terra e do amor de seus familiares. Para esses, Selimom deveria ser o Rei do mundo e Sevides seu corregente.

Áreas de atuação

Sua área de atuação é a busca da paz entre os povos e a solução de problemas entre eles. Selimom é reverenciado por aqueles que não se agradam diante das guerras e carnificinas, e por aqueles que não desejam lutar; mas existem momentos, pela condição atual do mundo, envolto em tantas disputas e guerras, que até para que a paz seja mantida se faz necessário pegar em armas, ainda que o combate seja o último recurso aceito e utilizado pelas doutrinas, às vezes ele é inevitável...
Selimom é buscado por aqueles que procuram paz de espírito, harmonia e espiritualidade.

Temperamento

Selimom é conhecido por seu temperamento calmo e compreensivo, procurando sempre extrair grandes ensinamentos dos erros de seus fiéis e ensinando-os essas verdades, ao contrário de seus irmãos mais irritadiços que se limitariam a punir e ou abandonar esses infelizes. Selimom representa o ápice do estado de espírito, o topo da evolução espiritual que se possa atingir. Ele demonstra as virtudes mais sublimes da alma mostrando a seus Filhos como se resignar diante das adversidades da vida sem se revoltar contra os deuses. Sua generosidade e seu amor para com todas as criaturas e principalmente para com seus fiéis são realmente “divinas”, derramando suas bênçãos incessantemente sobre as almas sob sua proteção. Enquanto para Blator e seus filhos a guerra é um meio de se conseguir a justiça, para Selimom a guerra não leva a nada e a violência sempre vai gerar mais violência. Dessa maneira encoraja seus filhos a prestarem sacrifícios heroicos, resistindo às investidas dos adversários com belas palavras e sábios ensinamentos. A única exceção é na defesa dos mais fracos. Quando os inocentes estão em perigo, as palavras claramente não surtem efeito e a razão já não governa mais a situação, Selimom permite e aconselha que seus sacerdotes tornem-se heróis que lutam pela vida dos outros, colocando-as a frente das suas próprias.

Representação

Aqueles que, em êxtase religioso, puderam avistar o reino encantado de Selimom descrevem fisicamente o deus como sendo um humano comum de meia-idade, possuidor de um aspecto sereno, trajando um belo, alvo e diáfano manto, sempre com um luminoso sorriso no rosto, de palavras doces e meigas, conversando e aconselhando igualmente todos aqueles que habitam seu reino...

Símbolo

O símbolo comum de Selimom é um escudo com uma auréola, representado normalmente na forma de um pentagrama vertical com um círculo no interior. Quando desenhado de forma artística e ornamentada, o símbolo é transmitido na forma de um belíssimo escudo branco ricamente adornado com detalhes dourados. Entretanto, qualquer imagem que signifique pureza d’alma, paz e/ou amor pode ser utilizado para representar o deus.

Cor

É representado pela cor branca.

Relações entre deuses

A influência de Selimom entre os deuses é incontestável. Sua paz traz tranquilidade a todos e permite-se ser um ótimo ouvinte e conselheiro, mesmo nos momentos mais difíceis. De Maira, é irmão e o principal conselheiro a toda hora. De Palier, Parom e Cambu, é amigo de longas conversas. Sevides e Crizagom compartilham de uma grande amizade, são vistos como irmãos, mas costumam ter algumas divergências em relação aos mortais e aos meios de se lidar com eles. Lena e Plandis são seus filhos queridos, mas a seus olhos são irresponsáveis e travessos. Crezir é a sua esposa e também seu oposto, sua loucura contamina a todos em guerra e até mesmo ao coração deste deus que fica “louco” em seus braços. Blator é sem dúvida a diferença. Apesar de muitas vezes buscarem o mesmo objetivo os métodos usados por ambos são completamente opostos, e por serem opostos as discussões são inevitáveis.

Descendentes

Teve com a deusa Crezir, os filhos deuses Lena e Plandis.

Festas e Celebrações

Das diversas celebrações culturais que podem ser encontradas entre os povos que exaltam Selimom, são as mais conhecidas:

Jornada de Paz (início no 20º dia do mês do Talento)

Essa celebração, liderada pelos sacerdotes espirituais do deus, consiste na maior peregrinação conhecida em Tagmar para a exaltação de um deus. Muito comum na vila de Terisco, sul do Mundo, essa celebração hoje já é adotada até mesmo em outros reinos que adoram Selimom como Marana e Ludgrim e reúne acólitos, sacerdotes e pelo menos um fiel de cada família existente na região. Os peregrinos unem-se em uma caravana que cruza no mínimo quatro reinos levando mensagens de Paz e Amor, instruindo as pessoas sobre os males da guerra e dos desentendimentos entre os Filhos.
Na expedição, os fiéis usam vestes claras e revestem as carroças, carruagens e cavalos de panos claros com mensagens em dourado de paz e amor em todas as línguas conhecidas no Mundo. É comum, ao longo da viagem, a caravana receber mais adeptos e doações para a continuação da mesma.
Tem-se notícia da maior Jornada realizada que atravessou todos os reinos do mundo, reuniu mais de cem mil pessoas e converteu uma série de seitas irregulares (adoradores de deuses inexistentes) para os domínios de Selimom. Nem é preciso dizer que o deus ficou muito orgulhoso com o feito.

Dia do Amor e da Paz (20º dia do mês da Paz )

Celebração muito comum em quase todas as cidades do Mundo que veneram Selimom, principalmente nas cidades do interior de Marana e Verrogar, que tem como objetivo atrair a atenção do Deus da Paz para os acontecimentos da região. Os fiéis são convocados pelos sacerdotes a acenderem velas nas portas de suas casas para a eliminação do ódio e dos sentimentos ruins que por ventura existam nas pessoas que adentrem suas casas. No momento de acender as velas, o fiel deve fazê-lo ao som de uma antiga cantiga de nome “Dia do amor e paz” ensinada pelos sacerdotes da cidade durante os cultos. As famílias mais ricas acendem velas grandes e decoradas de cores claras e brilhantes, mas mesmo as mais pobres não deixam de acender suas pequenas velas e cumprir com sua missão. Selimom costuma ficar deveras encantado com a entonação da cantiga conhecida e ensinada por ele aos filhos para divulgação dos sentimentos bons e puros.

Festa dos Povos (16º dia do mês da Justiça)

Uma celebração muito importante e vista como de vital importância para a integração dos povos, juntamente como as festas destinadas a Cambu. Nestas festas membros de outros reinos e raças são convidados a passar uma semana como membros da comunidade onde podem trocar experiências e informações, integrando-se e vendo os problemas e soluções da comunidade. Presentes são trocados entre os “embaixadores” de cada comunidade e todos dançam ao final desta reunião.

Reinos onde a religião mais atua

Embora Tagmar esteja sofrendo com constantes guerras, sempre há focos de seus seguidores no mundo. Reinos de Marana, Ludgrim e Calco são as regiões de maior influência e poder das Ordens de Selimom. As cidades do interior de Calco, as margens do lago Denégrio, possuem uma grande quantidade de seguidores.

Influência das ordens na política dos reinos

Mesmo nos reinos mais belicosos é importante a paz interna para que as conquistas externas sejam possíveis. Não existe reino que não ore pela tranquilidade em suas terras e a ordem se seu povo.

Nível de popularidade

Caos e destruição têm sido a marca mais comum em vários reinos. E quanto mais se fazem presentes, mais aumenta o número de orações e desejos para que cessem. Os mais humildes buscam somente uma vida tranquila e paz para suas vidas. Tem sido grande o número de devotos que buscam cada vez mais por este deus.

Religião

Os sacerdotes de Selimom costumam, invariavelmente, respeitar os desígnios de seu deus, pois o mesmo costuma ser muito intransigente quanto à questão moral de seus Filhos. Selimom não permite que seus sacerdotes utilizem seu nome para atividades de caráter duvidoso e ações que divirjam de sua doutrina. Mesmo nestes tempos difíceis, seus desígnios de paz e compaixão para com os “irmãos” ainda são seguidos.

Templo

Os templos comuns de Selimom sempre têm a forma de um pentágono com um pátio central, representando o escudo símbolo da divindade. Quando mais complexos, em cada vértice há um salão para um propósito diferente, numerados em sentido horário a partir daquele que aponta para o oeste. Assim, o primeiro é o local de adoração e sermões, e pode possuir um altar e uma estátua do deus. O segundo é uma enfermaria onde são tratados os feridos e doentes. O terceiro é uma biblioteca com alguns livros de oração e religião, dividida em pequenos nichos e com uma mesa e uma cadeira para estudo, oração e meditação. O quarto salão é um local de treino militar para o sacerdote, e possui algumas armas, armaduras e escudos em suas paredes. O quinto é dividido em pequenos quartos, ou celas, onde dormem os sacerdotes e, em alguns casos, é hospedado alguém necessitado.
O templo pode possuir um andar subterrâneo, também dividido em cinco salões e usufruindo do mesmo pátio central, que dá acesso entre os dois andares através de uma rampa. No sexto salão funcionam uma dispensa e a cozinha. No sétimo há um relicário com obras sacras. No oitavo, fica o verdadeiro arsenal e depósito de objetos do templo. No nono, há algumas celas com barras onde funciona uma pequena prisão e um interrogatório. E no décimo salão, ou cripta, estão guardados os ossos dos fiéis. Os templos são decorados com vitrais, tapeçarias, estátuas e quadros retratando Selimom e seus atos.
Contudo, grande parte dos templos de Selimom não apresenta todas as seções descritas acima. A maior parte deles divide-se naquelas salas onde há maior necessidade na região onde ele está instalado, com exceção dos salões 1 e 2, que estão sempre presentes e podem ser todo o templo, quando necessário.

Vestimenta

Suas vestes são simples e brancas, feitas em algodão e permitindo liberdade de movimentos. Adornos dourados, de tecidos ou outros materiais são comuns. Uma pequena corda, branca ou dourada, pode amarrar o manto. Uma bota pequena é usada para proteger os pés dos sacerdotes e iniciados.

Locais sagrados

Locais sagrados da ordem são os Monastérios de Marana e de Ludgrim, cada um contendo uma grande biblioteca e obras de arte dedicadas a Selimom.
Em Calco, particularmente, existe o Mosteiro de Solarnes, um local de grande paz onde os mais antigos sacerdotes vão passar seus últimos dias de dedicação a Selimom em suas meditações e ensinamentos aos mais novos.
A sede da Ordem do Sol Nascente, de localização secreta na floresta de Siltam, também é um local sagrado.

Itens Sagrados

A faixa de Selimom – uma faixa mística que cria uma paz interior e expulsa qualquer dor ou medo que esteja sofrendo. Há também uma pedra misteriosa capaz de emanar grande luminosidade e calor, e, segundo os fiéis, de realizar também toda sorte de milagres, chamada de Pedra da Luz.
  • Doutrinas do culto
  • Paz entre os povos;
  • Busca da liberdade;
  • Devotar-se em amar todas as espécies de vida.

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